Dr. Sérgio Ricardo Hototian

1) A tolerância ao álcool varia de pessoa para pessoa;

2) Na síndrome de dependência do álcool, a tolerância aumenta no início e vai diminuindo em fases avançadas da doença;

3) A síndrome de abstinência começa depois de algumas horas após a interrupção da ingestão prolongada e é definida por tremores grosseiros das mãos, língua e pálpebras, podendo ser acompanhada por náuseas ou vômitos, dores musculares, hipersensibilidade, alucinações ou ilusões transitórias;

4) As taxas de síndrome fatal variam desde 1 em 1000 nascimentos vivos da população geral até 1 em 100 em determinados grupos sociais como indianos e esquimós;

5) Todo paciente que se submete a um ato cirúrgico deve ser cuidadosamente questionado quanto a antecedentes para o alcoolismo, pois stress clínicos ou cirúrgicos associados ao período de abstinência alcoólica podem desencadear síndrome de abstinência severa, por exemplo: “delirium tremens”;

6) A bebida é frequentemente utilizada para lidar com humor deprimido, ansiedade ou insônia;

7) A dependência alcoólica de longa duração tem efeito sobre a personalidade: mentira, mal humor, apragmatismo e mal-estar social e familiar fazem parte da vida desses pacientes com o passar do tempo;

8) Uma vez estabelecida a síndrome de dependência, o paciente não poderá mais ingerir álcool, pois deixou de ser o bebedor social de antigamente;

9) Não considere o alcoolismo que convulsiona como epiléptico, pois as convulsões do alcoolista são atribuíveis, geralmente, à síndrome de abstinência alcoólica;

10) O álcool aumenta o limiar de convulsibilidade, o que explica a convulsão na abstinência em pacientes crônicos;

11) Após 10 anos de uso de bebida alcoólica, em padrões de dependência, pode-se desenvolver a miocardiopatia alcoólica;

12) O “Delirium tremens”, principal complicação da síndrome de abstinência alcoólica, tem alta incidência de mortalidade. Trata-se de urgência médica e deve ser cuidada em hospital geral com atenção especial às infecções, principalmente pulmonares, ou outro fator clínico desencadeante.

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